Características físico-químicas de frutos de Myrcianthes pungens (O.Berg) D. Legrand
DOI:
https://doi.org/10.21674/2448-0479.92.63-73Palavras-chave:
Guabijuzeiro, germoplasma, conservação, biometria, frutífera nativa.Resumo
O guabijuzeiro produz frutos com potencial para exploração comercial, porém poucos estudos foram conduzidos. O objetivo deste trabalho foi caracterizar frutos de guabijuzeiros coletados em diferentes locais do Rio Grande do Sul. Os frutos de 13 acessos foram avaliados, em duas safras, quanto à massa fresca (MF), diâmetro longitudinal (DL) e equatorial (DE), cor, rendimento de polpa (RP), sólidos solúveis totais (SS), acidez total (AT) e Vitamina C. Na primeira safra o acesso G1 destacou-se em MF (6,89 g), DL (19,4 mm) e DE (22,3 mm); já na segunda safra os melhores resultados para MF foram obtidos com os acessos P1 (4,93 g) e BG2 (4,80 g), para DL com os acessos P1 (17,86 mm) e BG2 (17,40 mm) e DE com os acessos BG2 (20,25 mm) e P1 (20,17 mm), enquanto para o RP, as médias foram de 53,18 e 53,0%, na primeira e segunda safras, respectivamente. A cor predominante da casca foi a cinza. O teor de SS apresentou média de 15,8 e 15,1 °Brix na primeira e segunda safras, respectivamente. Para AT, as médias foram de 0,15% e 0,18%, na primeira e segunda safras, respectivamente. Para as relações SS/AT as médias foram de 108 e 91, na primeira e segunda safras, respectivamente. Para os teores de Vitamina C o acesso G1 se destacou na primeira (42,3 mg/100 g de polpa) e segunda safras (41,9 mg/100 g de polpa). Portanto, alguns acessos apresentam potencial para serem propagados visando à utilização em coleções e programas de melhoramento genético.
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